Na sua saúde
O risco da contrafacção de medicamentos na Europa tem sido relacionado com operações de reembalagem que originam vulnerabilidades no circuito de distribuição dos medicamentos, induzindo o público em erro quanto à origem dos mesmos, resultando em graves riscos para a saúde pública. Neste sentido, a contrafacção de medicamentos começa a ser um negócio lucrativo que irá suplantar o das drogas ilegais. A venda de medicamentos contrafeitos através da Internet tem vindo a aumentar nos últimos anos, merecendo uma especial atenção por parte das autoridades reguladoras e dos profissionais de saúde em todo o mundo. As autoridades europeias propõem a proibição da reembalagem e a introdução de sistemas que assegurem a integridade e autenticidade até à sua dispensa nas farmácias ao doente.
No seu vestuário
Os calçados desportivos falsificados são construídos basicamente como o calçado desportivo original. Contudo, sabe-se que os materiais e tecnologias utilizados para o seu fabrico são de baixo custo e de qualidade inferior. Um estudo efectuado permite concluir que o calçado desportivo falsificado promove importantes alterações nos parâmetros dinâmicos da marcha, que acabam por afectar o controle da sobrecarga mecânica. Como consequência esperam-se manifestações que podem ir do desconforto ao comprometimento osteo-mio-articular.
Na sua casa
A contrafacção custa anualmente cerca de 100 mil milhões de euros à economia dos Estados, em impostos não cobrados. "As falsificações refreiam o desenvolvimento económico e ameaçam a saúde e a segurança pública". Sabia que uma televisão produzida com componentes contrafeitos pode causar danos irreversíveis na nossa visão, dores de cabeça e falta de concentração?
No seu trabalho
"Site russo divulgou a existência de processadores falsificados no mercado". Por exemplo, compram um processador de velocidade média e remarcam-no como sendo um processador de velocidade rápida, vendendo-o por um preço mais caro. Os processadores remarcados operam em "overclock", isto é, com um "clock" acima do originalmente especificado. Com isso, paragens e erros aleatórios ocorrem com frequência.
Só há falsificações, e cada vez mais, porque há mercado para elas. Quem compra uma falsificação quer dar aos outros uma imagem de si que, afinal, é intrinsecamente falsa. Muitas vezes, nem sequer é válido o argumento da falta de dinheiro para se comprar o genuíno.
Na segurança dos seus filhos
Para além das receitas fiscais que os estados perdem, nos prejuízos com a contrafacção contabilizam-se ainda os estragos que esta actividade paralela causa às empresas e os riscos que correm os consumidores quando adquirem produtos contrafeitos, especialmente os medicamentos e os brinquedos. O produto contrafeito não garante segurança nem normas oficiais no seu fabrico.
No seu automóvel
As falsificações beneficiam ilegalmente do esforço de criação e desenvolvimento de novos produtos por fabricantes estabelecidos, enganam os consumidores, diminuem a qualidade e põem em risco a segurança quando são colocados produtos perigosos no mercado.
"Pastilhas de travão para automóveis e carros inteiros, de conhecidas marcas europeias, são agora produzidos em países orientais" Tratam-se de cópias idênticas aos modelos produzidos pela companhia legítima, mas sem qualidade ou respeito pelas elementares regras de segurança.
Nos seus pequenos luxos
A produção anual de relógios falsos é estimada em 40 milhões de unidades. Esta produção paralela gera lucros avaliados em 500 milhões de euros. Em comparação, os relógios de marca verdadeiros representam 25 milhões de peças anuais. Muitas vezes, os falsificadores utilizam fotos de relógios verdadeiros para publicitarem a sua mercadoria.
As falsificações financiam o crime organizado e o terrorismo internacional mas, enquanto o consumidor não se consciencializar do problema, os “Relógios Falsificados” vão continuar a andar no pulso de muito boa gente.